CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO IDOSO: ambiente propriciador para o envelhecimento ativo através da educação e socialização

Resumo

Introdução:

A relevância de estudo do tema surge da forma como o perfil do idoso no Brasil vem se alterando. O processo de envelhecimento do país traz desafios para toda a sociedade e é de interesse multidisciplinar. Este trabalho busca contribuir com a visão da arquitetura e urbanismo sobre o tema.

Um conceito importante ao trabalho é a gerontologia ambiental a qual “se concentra na descrição, explicação e modificação das relações entre idosos e seus contextos socioespaciais” (BESTETTI,  2010, p.3). Nos dias de hoje, para auxiliar o projeto de arquitetura, há a NBR 9050, que versa sobre a acessibilidade, entretanto, há pouco material que contemple as demais especificidades de um projeto para idosos.

Esta pesquisa se trata de um trabalho de conclusão de curso de arquitetura onde após uma pesquisa teórica foi desenvolvido um projeto arquitetônico no qual aplicasse os conceitos estudados. A tipologia escolhida se trata de um centro de convivência do idoso, instrumento descrito na Política Nacional do Idoso (LEI Nº 8.842, 1994). De acordo com Normas de funcionamento de serviços de atenção ao idoso no Brasil (BRASIL, 2001), os objetivos do centro de convivência são: “promover o encontro de idosos e de seus familiares, através do desenvolvimento de atividades planejadas e sistematizadas, que possibilitem a melhoria do seu convívio com a família e a comunidade” (BRASIL, 2001, p. 34).

Objetivos:

O objetivo deste trabalho foi apresentar uma resposta projetual a questões pesquisadas sobre a relação entre o idoso e arquitetura, neste caso representada pelo projeto de um Centro de Convivência do Idoso.

Material e métodos ou metodologia:

A metodologia incluiu revisões bibliográficas e estudos de casos, inclusive na atual unidade do centro de convivência D’Itália Franco. Essa primeira parte tornou possível encontrar características básicas do equipamento a ser projetado. Além disso para o desenvolvimento do projeto foram utilizadas as normas técnicas exigidas.

Resultados e Discussão:

Estudando o espaço para a terceira idade foi possível elencar premisas projetuais para espaços para idosos, assim como entender melhor sobre entender a percepção ambiental pelo idoso.

O objeto desenvolvido foi um centro de convivência do idoso com foco na educação sendo este uma proposta para a construção de uma nova sede do centro de convivência D’ Itália Franco na Zona Norte da cidade de Juiz de Fora.

Conclusão(ões):

Cabe a arquitetura auxiliar no processo de requalificação dos espaços dando a acessibilidade mínima e criando um ambiente estimulador e facilitador para os idosos. A arquitetura gerada teve um conceito se refletido relação entre os espaços de convivência e educação, com ambientes em sua maioria multifuncionais e reversíveis, que possibilitem o desenvolvimento ativo e atue no resgaste da autonomia, independência e autoestima do idoso. O projeto considerou acessibilidade uma questão mínima e a percepção do idoso como prioridade.

Palavras-chave: Idosos, Percepção Ambiental, Centro de Convivência do Idoso, Arquitetura.

Referências bibliográficas:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro. 2004. Disponível em: <http://emap.fgv.br/sites/emap.fgv.br/files/u77/abnt_nbr_9050_.pdf>. Acesso em: 02 out. 2017

BESTETTI, Maria Luisa Trindade. Ambiência: O espaço construído como fator de envelhecimento saudável. In: CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO PARA O PLANEJAMENTO URBANO, REGIONAL, INTEGRADO, SUSTENTÁVEL, 2010, Portugal. Resumos. Portugal:Instituto Superior de Engenharia - Campus da Penha 2010. Disponível em: <http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper87.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2017.

BRASIL. Lei nº Nº 8.842, de 04 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o conselho nacional do idoso e dá outras providências. Política Nacional do Idoso. Brasília, 04 jan. 1994. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8842.htm>. Acesso em: 20 nov. 2017.